Fantástico - (26/06/2011)
'Eles não são uma família', diz juiz de Goiás que mandou anular casamento gay
No calor das discussões civis, o Brasil se vê no centro de uma guerra de ideais. De um lado, os homossexuais que estão hoje no direito de se casar, do outro lado, as várias interpretações da lei brasileira. A União Homoafetiva é a maior conquista do movimento GLBTS, hoje eles também podem constituir uma família. Recentemente um juiz em Goiás teve a ousadia de anular um casamento gay, o que causou revolta e indignação em várias pessoas. Para o juiz Jeronymo Villas Boas, o casamento gay não é uma instiuição familiar, já que não gera prole. Não se pode dizer que ele está errado, ele apenas interpreta a lei brasileira. O Fantástico deste domingo foi atrás deste juíz, e procurou saber os motivos de tal atitude.
A revista eletrônica que está há mais tempo no ar, 38 anos, carrega consigo a necessidade e a obrigatoriedade de levar ao público aquilo que é de interesse dele. Entretanto, a discussão jornalística dos dias de hoje é saber se o público tem algum interesse, ou apenas se interessa pelo que é repassado à ele. O Fantástico sempre trouxe assuntos que geram comoção popular, pelo menos um por semana, por deveras ocasiões a investigação realizada pela equipe do programa causou consequencias imediatas para quem era denunciado. Mas desta vez não existe uma investigação, eticamente falando, o programa se isentou de quaisquer formar ilegais de conseguir a notícia, como câmera escondida, gravações ou grampos ilegais e forjamento de situações. Logo no começo da notícia, o repórter surpreende o entrevistado com uma pergunta um tanto quanto corajosa: "O senhor é homofóbico"? É claro que a resposta seria um "não", afinal, publicamente ninguém tem preconceitos. Mas a pergunta só foi usada para causar um desconforto, pela instituição de uma ironia para quem acompanhava a matéria de sua casa.
O programa sempre carregou o melodrama em suas matérias de cunhos sociais, não é atoa que de 1973 a 1975 o autor e escritor Manoel Carlos era o diretor do Fantástico. Nesta matéria não podia ser diferente, os editores resolveram divulgar que Jeronymo é também pastor da Assembléia de Deus, tentando assim encontrar um provável vilão para a história. Mas se preocupou em também expor a fala do juíz, em que garante já ter feitos decisões contrárias à sua própria igreja. O Fantástico quer causar comoção social, instigar nos telespectadores o sentimento de transformação antropológica. Mas o repórter não desistiu de fazer do juíz o vilão da sua matéria. Foram atrás daqueles que pudessem intimidá-lo de alguma forma. Foram atrás do Ministro do Supremo Tribunal Federal, para por fim (no sentido de "ao final da matéria", última voz, palavra final) concluir aquilo que todos queriam ouvir, a atitude de Jeronymo é uma afronta ao Supremo (ou à sociedade?) e pode acarretar punições por parte de seus superiores. A manipulação da notícia não contou com invenções ou meios ilegais de obter a informação: a manipulação aqui estava na direção do matéria, o encaminhamento desejado para que a grande novela "Jeronymo x Brasil" tivesse sua data de estreia.
A revista eletrônica que está há mais tempo no ar, 38 anos, carrega consigo a necessidade e a obrigatoriedade de levar ao público aquilo que é de interesse dele. Entretanto, a discussão jornalística dos dias de hoje é saber se o público tem algum interesse, ou apenas se interessa pelo que é repassado à ele. O Fantástico sempre trouxe assuntos que geram comoção popular, pelo menos um por semana, por deveras ocasiões a investigação realizada pela equipe do programa causou consequencias imediatas para quem era denunciado. Mas desta vez não existe uma investigação, eticamente falando, o programa se isentou de quaisquer formar ilegais de conseguir a notícia, como câmera escondida, gravações ou grampos ilegais e forjamento de situações. Logo no começo da notícia, o repórter surpreende o entrevistado com uma pergunta um tanto quanto corajosa: "O senhor é homofóbico"? É claro que a resposta seria um "não", afinal, publicamente ninguém tem preconceitos. Mas a pergunta só foi usada para causar um desconforto, pela instituição de uma ironia para quem acompanhava a matéria de sua casa.
O programa sempre carregou o melodrama em suas matérias de cunhos sociais, não é atoa que de 1973 a 1975 o autor e escritor Manoel Carlos era o diretor do Fantástico. Nesta matéria não podia ser diferente, os editores resolveram divulgar que Jeronymo é também pastor da Assembléia de Deus, tentando assim encontrar um provável vilão para a história. Mas se preocupou em também expor a fala do juíz, em que garante já ter feitos decisões contrárias à sua própria igreja. O Fantástico quer causar comoção social, instigar nos telespectadores o sentimento de transformação antropológica. Mas o repórter não desistiu de fazer do juíz o vilão da sua matéria. Foram atrás daqueles que pudessem intimidá-lo de alguma forma. Foram atrás do Ministro do Supremo Tribunal Federal, para por fim (no sentido de "ao final da matéria", última voz, palavra final) concluir aquilo que todos queriam ouvir, a atitude de Jeronymo é uma afronta ao Supremo (ou à sociedade?) e pode acarretar punições por parte de seus superiores. A manipulação da notícia não contou com invenções ou meios ilegais de obter a informação: a manipulação aqui estava na direção do matéria, o encaminhamento desejado para que a grande novela "Jeronymo x Brasil" tivesse sua data de estreia.
No Youtube:
http://youtu.be/3hCCkcjoL1Q
No Twitter:
@Hikamaral É engraçado que a tantas coisas para Juízes banalizarem, como o caso desse site Horrendo e chocante, e não! vão preocupar com Casamento gay.
@rafitchi não apoia o casamento gay?não se case com um gay. não gosta de cigarro? não fume. não gosta de tatuagens? não faça. vai cuidar da sua vida
@silvanabit Juiz que suspendeu casamento gay não quis dar entrevista ao Popular. Disse que falará amanhã em coletiva. Hoje deu entrevista ao Fantástico
@chrislps “Sou totalmente a favor do casamento gay entre os políticos. Tudo que venha contribuir para eles não se reproduzirem..é bom para o Brasil.”
@adriene_melo Goiânia se destacando no Fantástico de hoje com a matéria sobre o juiz que anulou o casamento gay. Villas Boas é mesmo carne de pescoço.
Leandro Sena